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O RACISMO VELADO DEIXADO PELO PERÍODO DE ESCRAVIDÃO

  • Foto do escritor: Paralelo
    Paralelo
  • 17 de out. de 2019
  • 2 min de leitura

Olá internautas, estão bem? Como já sabem, toda quinta-feira é dia de crítica social aqui no blog, e, para ficar por dentro do assunto, clique aqui e confira o tema da semana...


Nesta semana estamos falando sobre o filme de suspense americano ‘Get Out (Corra!)’. O escritor e diretor Jordan Peele foi bem ousado ao criar um longa de terror para tratar de assuntos sociais, como o racismo.


Como dito na sinopse, a trama gira em torno do jovem negro Chris Washington, que por ironia do destino, namora uma garota branca. Ao decorrer do relacionamento, percebem que está na hora dele conhecer os pais da jovem, também brancos.


Todo mundo uma vez na vida já ouviu a frase “eu não sou racista, tenho amigos negros”, certo? A família de Rose, namorada de Chris, representa muito bem esta fala. No início dizem não ter nada contra a raça do jovem, mas, ele começa a perceber coisas esquisitas na casa, como por exemplo, os empregados da residência serem todos negros.


O famoso “racismo velado” reflete em ambientes de trabalho aqui no Brasil. Segundo dados do IBGE de 2017 obtidos pelo site do G1, negros ganham em média R$ 1,2 mil a menos que brancos, e ainda completa que o índice de educação e condições de vida precária são gritantes. Fonte: https://contec.org.br/negros-ganham-r-12-mil-menos-que-brancos-em-media-no-brasil-trabalhadores-relatam-dificuldades-e-racismo-velado/


Isso tudo se dá ao período longo de escravidão vivido pelo nosso país. Mesmo após 130 anos da abolição pela Lei Áurea, negros sentem essa grande e ruim herança histórica. Os negros foram escravizados por mais de 300 anos, prática esta que acabou se tornando comum e naturalizada por quem vivia na época. Período este que enraizou na sociedade ao chamado ‘racismo velado’, onde a mudança continua sendo difícil e árdua.

Escravidão no Brasil. Foto: site Wikipédia


A doméstica da casa, Georgia, um tanto assustadora, por conta da temática do filme, é negra. Ela compõe um grupo de negros que ocupam vagas de emprego sem qualificação.

Doméstica da família, Georgia. Foto: https://cinemaeafins.com/2018/02/critica-corra/


No infográfico a seguir, é possível perceber os cargos que são ocupados por negros e brancos, note o quanto é discrepante a desigualdade:

Infográfico mostra ocupações de trabalho por negros e brancos. Foto: Fernanda Garrafiel/G1. Fonte: https://g1.globo.com/economia/noticia/brancos-sao-maioria-em-empregos-de-elite-e-negros-ocupam-vagas-sem-qualificacao.ghtml


A família da jovem no filme “Corra!” representa muito bem esta época citada acima. Eles agem como proprietários dos negros. É como se nada tivesse mudado. Você sai do século XXI e volta para o século XVI com este filme. Vale a pena assistir!


Gostou da crítica social? Deixe sua opinião abaixo, ela é muito valiosa para nós.


Até a próxima semana!


@Pamela Cavalcante

 
 
 

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