GENOCÍDIO DA JUVENTUDE NEGRA
- Paralelo
- 5 de mar. de 2020
- 2 min de leitura
Olá internautas, como vocês estão? Espero que ansiosos para a crítica social da semana.
Todos sabem o tema que estamos discutindo por esses dias? Não? Clique aqui e confira.
O seriado ‘Seven Seconds’ é a estrela da semana. Série americana de 2018 que tem como temas centrais: racismo, corrupção policial e alcoolismo. Breton é um jovem afro-americano que é morto após ser atropelado por um policial das narcóticos.

Foto: Policiais da narcóticos. Fonte: https://veja.abril.com.br/blog/isabela-boscov/seven-seconds/
Por incrível coincidência: Brasil e Estados Unidos são os dois países onde o número de mortes e agressões a jovens negros são alarmantes. O consórcio de jornalistas dos EUA ‘Fatal Encounters’ divulgou em 2019 um estudo sobre a violência policial no país americano, e ao analisarem os dados do Sistema Nacional de Estatísticas sobre Mortalidade comprovou que homens negros tem 2,5 mais probabilidades de serem mortos por policiais brancos. (Fonte: https://www.cartacapital.com.br/sociedade/racismo-institucional-leva-policia-do-brasil-e-dos-eua-a-matar-mais-negros-e-pobres/)

Foto: Protesto nos EUA contra o racismo policial em 2015. Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2015-04/protestos-contra-o-racismo-nos-eua-terminam-com-prisoes-e-policiais
Você aí deve estar se perguntando: mas, por quê? Isso tudo se dá ao racismo institucional e enraizado no país, que desde a escravidão, segue sendo um dos países mais preconceituosos.
O Brasil não fica muito atrás desses dados. Um estudo feito pelo PNUD – Relatório de Desenvolvimento Humano Brasil – Racismo, pobreza e violência, de 2005, mostra que no Rio de Janeiro, por exemplo, 32,4% dos homens negros que compõe a sociedade carioca, são mortos pela polícia.
Um caso recente ocorrido em Santo André (SP), em 13 de novembro do ano passado, aponta a Polícia Militar como o maior acusado pelo sumiço de Lucas Eduardo, 14 anos, que desapareceu por 4 dias e foi encontrado morto na represa da cidade. O adolescente era negro, morador da Favela do Amor, na Vila Luzita, bairro pobre da cidade de Santo André (SP).

Foto: Caso Lucas Eduardo, 14 anos. Fonte: https://www.bastidorpolitico.com.br/abc/santo-andre/corpo-encontrado-em-lago-de-santo-andre-e-do-menino-lucas-pms-sao-suspeitos/
Toda essa questão abordada leva uma herança de discriminação racial vivido durante a escravidão, onde raízes sobre este mal ainda é muito presente dentro da sociedade, levando em conta também que a desigualdade social compõe esse quadro.
Gostou da crítica de hoje? Comente, dê sua opinião e sugestões.
Até a próxima semana!
@Pamela Cavalcante
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