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Coringa, o retrato da nossa sociedade

Olá internauta, como vai?


Hoje é quinta-feira, dia de crítica social. Você sabe qual é o tema semanal? Se não, clique aqui e veja...


Bom, nestes dias estamos falando sobre 'Coringa', um filme muito conhecido, que conta a história de um dos vilões mais amados da história dos quadrinhos.


O longa é um sucesso e disso não temos dúvida. Os prêmios ganhos não foram em vão. Além de contar um pouco da vida do vilão mais ovacionado, ele faz uma crítica muito forte a sociedade, saiba o motivo...

Imagem do site: https://www.folhape.com.br/diversao/diversao/cinema/2019/10/04/NWS,118035,71,583,DIVERSAO,2330-HOMEM-CAUSA-APREENSAO-SESSAO-CORINGA-RECIFE.aspx

Joaquim Phoenix dá vida a Arthur Fleck (Coringa), um homem que possui problemas neurológicos e ri em momentos importunos. A sociedade o julga "estranho" e o rejeita. Nada que foge da nossa realidade.


Arth trabalha em uma agência de palhaços e é demitido após levar uma arma para um show que fez num hospital infantil. Além de sua demissão, ele foi chamado de sem graça. O que o enfurece ainda mais.


Assim como no filme, as pessoas querem se sentir acolhidas no cotidiano e procuram grupos que se identificam para serem aceitas, mas nem sempre é fácil, assim como Fleck, que não conseguiu um espaço em que se sentisse bem.


Ele também tentou ser humorista. Em sua estreia no show de stund-up, o palhaço ficou nervoso e deu várias gargalhadas que viralizaram e ele se tornou motivo de chacota. Sua mãe Penny Fleck (Frances Conroy) sempre o apoiou, ela dizia que as piadas em shows não precisam ser engraçadas. Deixamos aí uma reflexão, o humor perdeu a graça?

Imagem do site: https://www.einerd.com.br/coringa-sinopse-foto-original/

Outro fator que chama atenção no filme é a desigualdade social. Gothan City vive momentos de muita diferença entre as classes. Assim que Arthur é demitido, enquanto ele volta para a casa de metrô, encontra três homens assediando uma mulher. Os rapazes tinham grandes influências na cidade e possuíam empregos poderosos. Por conta de sua risada estranha, o trio começou a bater no palhaço que logo conseguiu sacar uma arma e matou a trindade.


Após esse crime, a sociedade se dividiu. A classe menos favorecida estava ao lado de Fleck, mas sem saber quem foi o autor do crime. A parte burguesa achava um absurdo aquele assassinato e faziam um pré-conceito contra palhaços e os menosprezavam.


A população foi para a rua vestida de palhaço para lutar a favor de seus direitos. O que lembra muitas manifestações já ocorridas, como por exemplo, caras-pintadas (1992), que todos foram para a rua com o rosto pintado em favor do impeachment contra o atual presidente da época, Fernando Collor de Melo.

Imagem: https://observatoriodocinema.uol.com.br/listas/2019/10/macabro-e-doentio-as-mais-terriveis-acoes-do-coringa-de-joaquin-phoenix

Por fim, vamos falar sobre o assédio no trabalho. Mãe de Arthur trabalhava para o poderoso Thomas Wayne (Brett Cullen), o qual tiveram um caso no passado. Após Penny descobrir que estava grávida, ela foi obrigada a abandonar o emprego e criar seu filho sozinha. Na vida real isso sempre aconteceu e não é de agora, desde a época da escravidão, os patrões aproveitavam dos empregados para terem relações sexuais e consideravam normal.


Muitas vezes, o assalariado depende daquele emprego e o patão vê a brecha certa para cometer tal ato. Uns não têm para onde ir e acabam aceitando as cantadas, mãos bobas e muitas vezes, até atos sexuais. Mas quando vai longe demais e a trabalhadora engravida, o chefe alega que tem família, uma vida e dá dinheiro para a mãe e a manda sumir. E assim acontece em muitas casas. Parece chocante, né? Porém é o retrato da nossa sociedade.


Se você parar para pensar, você conhece alguém que já passou por isso ou esse alguém conhece outro. Ou às vezes, a pessoa está ao nosso lado e não sabemos da verdade.

Imagem do site: https://super.abril.com.br/cultura/coringa-um-sopro-de-novidade-para-os-filmes-baseados-em-quadrinhos/

Agora me diga, o que você achou deste texto? Já assistiu ‘Coringa’? Se sim, você já parou para pensar nesses fatores abordados na crítica?


Fique ligado que semana que vem abordaremos outro tema, será uma série. Você tem algum palpite?


Até mais!


@Evelyn Alfono

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