Olá pessoal, como vocês estão?
Chegou a tão esperada terça-feira, e como vocês já sabem, é dia de tema novo aqui no blog...
Nesta semana, decidimos falar sobre o seriado de comédia britânica ‘Chewing Gum’, criada e estrelada por Michaela Coel, em 2015.
A série acompanha a vida atribulada de Tracey Gordon, jovem de 24 anos, negra e virgem. Tracey reluta por duas temporadas perder a virgindade com seu noivo Ronald (John McMillan), um rapaz muito religioso, que em 6 anos de namoro, nunca nem se quer deram um beijo.
Foto: Tracey e Ronald. Fonte: https://www.comedy.co.uk/tv/chewing_gum/episodes/1/1/
Tracey nasceu e cresceu em um lar completamente religioso, e passa a querer descobrir o mundo a fora, envolvendo questões sexuais.
Passou a aprender algumas dicas com sua amiga Candice (Danielle Walters), que já era mais madura nesses temas sexuais e com sua avó Esther (Maggie Steed), que não tem o famoso “pápás na língua”, além de ser bastante liberal.
Foto: Candice e Tracey. Fonte: http://www.arrobanerd.com.br/chewing-gum-primeira-temporada/
Em sua busca constante por um romance e exploração da sua vida sexual, Tracey passa a se relacionar com Connor (Robert Donsdale), seu vizinho.
Foto: Tracey e Connor. Fonte: http://sopaalternativa.com.br/chewing-gum-engracada-e-maravilhosa/
Embora ‘Chewing Gum’ ser uma série bastante hilária, levanta questões importantes a serem discutidas, eu diria que é dessa forma mais cômica que a produção tentar abordar assuntos relevantes.
Tracey trabalha em uma loja de conveniência. Neste local a jovem sonha muita coisa, inclusive crescer na vida, no sentido literal da coisa. Com poucas oportunidades, Tracey e sua família vivem no subúrbio de Londres, ou seja, bairro mais pobre, onde questões sobre sexualidade é pouco discutido.
Foto: Tracey na loja de conveniência. Fonte: https://judao.com.br/os-nem-tao-absurdos-de-chewing-gum-d/#.XeQISOhKhPY
Tracey venera a artista Beyonce. Em seu quarto, possui uma imagem de Jesus Cristo e ao lado, da sua artista do pop. A jovem vive com sua mãe e sua irmã Cynthia. Ambas militantes evangélicas. Mas, isto não impende que Cynthia não tenha curiosidade latente sobre assuntos sexuais.
Foto: quarto de Tracey. Fonte: https://culturefly.co.uk/chewing-gum-review-a-refreshing-original-british-comedy/
A busca por entendimento do assunto vinha através de revistas femininas e internet. Ao assistir, percebemos a falta de conhecimento de ambas quando o assunto é entender o próprio corpo, ficam limitadas, tudo se dá ao fato de falta de diálogo em casa, e até aqui, você já consegue saber o porquê.
Foto: Tracey e Cynthia. Fonte: https://coolturalblog.wordpress.com/2016/11/10/05-motivos-para-assistir-a-serie-chewing-gum/
Tracey apesar de apresentar uma personagem engraçada e ingênua, consegue muito bem perceber as dificuldades que enfrenta em seu dia-a-dia por ser mulher, negra e viver na periferia de Londres. Em uma das cenas, a fala que mais se encaixa neste quesito é quando Tracey diz “eu sou uma rosa tentando crescer na lama”.
Foto: Tracey no banheiro. Fonte: http://blogs.correiobraziliense.com.br/proximocapitulo/chewing-gum-comedia-do-absurdo/
Este enredo britânico é inspirado na vida de Michaela Coel, e na peça de teatro ‘Chewing Gum Dreams’, que a atriz apresentou em 2012 e 2014. Até que um dia, resolveram transformar a comédia em um seriado, que possui 2 temporadas, com 6 episódios cada.
‘Chewing Gum’ recebeu vários prêmios em 2016 e a protagonista Michaela ganhou dois da BAFTA, para Melhor Performance Feminina em Comédia e para Talento Revelação.
E este foi o post de hoje, e não se esqueça, quinta-feira tem crítica social sobre este seriado icônico.
Até a próxima!
@Pamela Cavalcante