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Está semana estamos falando sobre a série original da Netflix ‘Coisa mais linda’.
A história gira basicamente em torno de quatro jovens mulheres, em busca de igualdade de gênero e empoderamento feminino. É a partir disto que começamos a entender o significado de sororidade, que é a união e aliança entre mulheres e sua importância.
A série mostra histórias pessoais vividas pelas personagens Malu (Maria Casadevall), Lígia (Fernanda Vasconcellos), Thereza (Mell Lisboa) e Adélia (Pathy Dejesus), que ao decorrer da trama se intercalam. Apesar de a série retratar a década de 50, podemos notar que muito dos temas abordados acontecem ainda hoje, tais como, a falta de confiança que as pessoas colocam no trabalho delas só por serem mulheres, preconceito racial, assédio moral, e o discurso de que mulher deve cuidar da casa e dos filhos.
Foto: Imagem google
Não precisa ir muito longe para perceber atitudes ainda machistas em nossa sociedade. A luta das jovens mulheres pela igualdade gênero esta presente até mesmo em nossos ambientes de trabalho. A desigualdade salarial só reforça o senso comum de que o trabalho da mulher não é valorizado tanto quanto o do homem. Em ‘Coisa mais Linda’, a personagem Thereza sofre esse tipo de preconceito no emprego, apenas por ser mulher.
Foto: Google imagens
Segundo uma pesquisa do IBGE deste ano, mulheres ainda ganham 20,5% a menos que os homens, mesmo exercendo as mesmas funções e sendo a maioria. Confira: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/23924-diferenca-cai-em-sete-anos-mas-mulheres-ainda-ganham-20-5-menos-que-homens
Foto: site CIO
Malu, personagem vivida por Maria Casadevall, mostra sua independência ao criar seu próprio negócio após sair da zona de conforto e privilégio, totalmente dependente de dois homens, seu pai e marido.
Enquanto se acompanha a trajetória de Malu, é contada a história de Adélia, mulher, mãe e negra, que não só vira amiga de Malu, mas também como sócia. E aí começamos a entender a importância do poder feminino e sua união.
Foto: Portal UOL
Lígia é uma personagem que retrata umas das histórias mais tristes vivenciadas hoje por muitas mulheres, especialmente no Brasil, o tal relacionamento abusivo. Seu esposo é pré-candidato a prefeito. Lígia sofria agressões do mesmo.
Foto: site SMUC
Segundo pesquisa pelo portal do G1, 500 mulheres são agredidas por hora no Brasil por seus respectivos parceiros. Isso quando não comentem o feminicídio. Confira: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2019/02/26/mais-de-500-mulheres-sao-agredidas-a-cada-hora-no-brasil-diz-pesquisa.ghtml
Foto: site Abril.com
Lígia, no entanto, engravida, e Malu, como amiga a apóia a abortar a criança. Hoje no nosso país, falar sobre aborto gera muita polêmica. Apesar de alguns países como Rússia, México e Polônia já terem legalizado.
A união do quarteto de mulheres na série ‘Coisa mais linda’ reforça a idéia de que a sororidade é muito importante pela conquista da mulher na sociedade.
O movimento feminista hoje é o maior pioneiro como busca por direitos iguais e empoderamento feminino, surgiu no século 19. Como retratado na série, o Brasil era baseado na escravidão de mulheres negras e as brancas como donas do lar. Após muita luta, o movimento ganhou seu espaço e hoje consegue unir mulheres de todo o Brasil, que vão as ruas manifestar seu direitos e lutar por um só objetivo: IGUALDADE.
Foto: site RFI
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Até a próxima!
@Pamela Cavalcante